Política

AD e Montenegro chamuscados com a crise política: primeira sondagem indica empate técnico com o PS

AD e Montenegro chamuscados com a crise política: primeira sondagem indica empate técnico com o PS
MIGUEL A. LOPES

Sondagem da Pitagórica (feita para a TSF-JN-TVI-CNN Portugal) sinalizam que a crise política prejudicou a AD e a imagem do primeiro-ministro. AD mantém-se à frente, mas com empate técnico com o PS. Chega foi o partido que mais desceu

A AD está em perda na primeira sondagem após o início da crise política, tendo descido cerca de 2 pontos percentuais em apenas uma semana, e aproximando-se do PS. Regista agora 33,5% de intenções de voto, que contrastam com os 35,6% na primeira semana. O PS sobe para os 28,8%, o que é considerado um empate técnico.

Este estudo de opinião foi realizado durante as duas semanas desde o começo da crise. Como explica a TSF, entre a primeira e a segunda sondagens, Luís Montenegro prestou declarações em São Bento, o Partido Comunista apresentou uma moção de censura e o primeiro-ministro anunciou que avançaria com uma moção de confiança.

A sondagem da Pitagórica (feita para a TSF-JN-TVI-CNN Portugal) sinaliza este período conturbado, com uma aproximação entre os dois partidos. AD e PS registam a menor diferença entre si desde que foi iniciado o estudo, de acordo com a TVI.

A AD colhe 33,5% das intenções de voto, em queda, e o PS sobe 1,6 pontos percentuais face aos resultado da semana anterior, para os 28,8%.

Apesar de a AD se manter à frente, regista-se um empate técnico entre os dois maiores partidos, ou seja, a diferença cai dentro da margem de erro desta sondagem (+/-4,0%). Numa semana apenas, a distância entre PS e AD passou de 8,4 pontos percentuais para 4,7 pontos percentuais.

A imagem do primeiro-ministro está também em queda: passa de 52% de apreciações positivas, para apenas 47%. As negativas sobem 8 pontos percentuais, para os 46%. Já Pedro Nuno Santos não capitaliza com a crise, mantendo sensivelmente a mesma distribuição de opiniões: 35% dá-lhe nota boa ou muito boa, 57% dá nota negativa, segundo a CNN.

Chega com maior recuo

Entre as duas semanas, o Chega é o partido que mais desce, dos 17,4% para os 13,5%, com André Ventura também a perder apoios, subindo as opiniões desfavoráveis (75% para 77%) e baixando as favoráveis (22% para 19%).

A IL sobe, de 5,1% para 6,7%; a CDU, em quinto lugar, desceu, de 3,6% para 3%. O Livre caiu para sétimo lugar, com 2,4%, tendo reunido 4,8% das intenções de voto na semana anterior. O Bloco de Esquerda, em sexto lugar, sobe para os 2,9%. O PAN também apresenta uma ligeira subida, para 1,9%.

Foram realizadas duas sondagens: a primeira sondagem diz respeito ao período entre 23 e 27 de fevereiro, e a segunda foi feita entre os dias 3 e 6 de março, já depois da comunicação de Luís Montenegro ao país. Na primeira sondagem, a amostra recolhida foi de 400 entrevistas, na segunda foram feitas 625 entrevistas, segundo a ficha técnica divulgada pela TVI, CNN Portugal, TSF, JN e O Jogo.

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