O líder do Livre acredita que a AD continua em campanha, e que é por isso que se atira para “promessas vazias”. Rui Tavares afirmou, em declarações à SIC Notícias, que Luís Montenegro é o responsável pelo equívoco gerado em torno do corte fiscal (no IRS) que o novo Governo iria implementar.
“Eu ouvi-o bem dizer que as alterações que iriam fazer nos escalões no IRS significariam um corte fiscal de 1500 milhões de euros”, vinca Tavares. "Na apresentação do seu próprio Governo não faz sentido que estivesse a falar do que vinha do Governo anterior". O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, acabou por admitir que os 1500 milhões de euros de alívio no IRS referidos pelo primeiro-ministro não vão somar-se aos cerca de 1300 milhões de euros de redução do IRS inscritos no OE para 2024, e já em vigor, pelo que a diminuição proposta pelo PSD fixa-se em 200 milhões de euros.
O deputado e líder do Livre quer que o primeiro-ministro esclareça o que disse e por que razão o disse. Mas arriscou uma explicação: Luís Montenegro "ainda não saiu de campanha".
"Trata-se de um Governo que, pelos vistos, ainda não saiu de campanha eleitoral, e que o mesmo tipo de promessas vazias que faz em campanha também as faz na apresentação do programa do Governo", salientou.
Já sobre as justificações que depois foram dadas pela Tutela, Rui Tavares atira: “Parece-me de péssimo gosto que o Governo venha agora dizer que toda a gente se enganou, e que só o Governo é que estava certo.”
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