A inversão da tendência é recente. Se, em março/abril, o inquérito feito pelo ICS/ISCTE dizia que a maior parte dos portugueses era favorável a um maior acolhimento de imigrantes do que a medidas mais restritivas, a verdade é que a partir de maio/junho o ponteiro da agulha mudou. De lá para cá, a percentagem de inquiridos que dizia achar que Portugal devia acolher “poucos” ou “nenhum” imigrantes de países fora da Europa manteve-se sempre superior à percentagem de inquiridos que respondia que o país devia abrir as portas a mais gente.
A novidade regista-se na sondagem deste mês de janeiro, com trabalho de campo feito entre os dias 16 e 25, com inquéritos presenciais, junto de mais de 800 pessoas. Esta foi a primeira vez em vários meses que a curva começou a inverter, registando-se um aumento (de 37% para 42%) dos inquiridos que defendem que Portugal deve acolher mais pessoas de fora da Europa. Paralelamente, foi também a primeira vez desde maio que a percentagem de inquiridos que se mostra anti-imigração desceu, passando de 61% para 55%.
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