Exclusivo

Política

Rui Tavares lembra que as “democracias perdem-se" e pede aos partidos para “evitar erros do passado”

Rui Tavares lembra que as “democracias perdem-se" e pede aos partidos para “evitar erros do passado”
Rui Duarte Silva

Para encerrar o Congresso do Livre, Rui Tavares recuou ao passado e lembrou a queda da República e as vidas que se perderam no combate pela democracia. Com os partidos presentes, Rui Tavares pediu uma “conversa séria e sólida” para uma democracia que “venha por mais 50 anos”

Para mostrar a importância de existir uma maioria de esquerda capaz de travar a chegada da direita radical ao Governo, Rui Tavares recuou mais de 130 anos. Puxando dos galões de historiador, o líder do Livre lembrou as tentativas de implementação da República, a queda da mesma para o Estado Novo e todos os que colocaram a vida em risco para repor a democracia. “Temos ideia de que a República acabou e começou o Estado Novo. É verdade, mas as coisas não se passaram bem assim. Não acordámos e perdemos a República”, disse no discurso de encerramento do Congresso do Livre, este domingo. A mensagem teve como principal destinatário os partidos com assento parlamentar que assistiram na primeira fila - à exceção do Chega que não foi convidado. “Democracias perdem-se e podemos evitar erros do passado, evitar ter de ter coragem que outros tiveram”, atirou.

Numa altura em que o Chega se aproxima do PSD nas sondagens, uma maioria de direita que não necessite do partido de direita radical para governar é uma realidade cada vez mais difícil - já que o PS já admitiu não viabilizar qualquer Governo da AD. Assim, aumenta a pressão sobre a esquerda para conseguir um entendimento. Rui Tavares quis dividir esse peso colocando-o nos ombros dos restantes partidos democráticos: “quem ama este país sabe que vamos precisar de ter uma conversa séria e sólida para que esta democracia venha por mais 50 anos”, vincou. Virando-se concretamente para o Bloco de Esquerda, PCP e PAN, o deputado único avançou que está “certo que a partir de 10 de março vai ser possível fazer um caminho em conjunto”.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mcoutinho@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate