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PCP arrisca deixar jovens fora da bancada parlamentar

PCP arrisca deixar jovens fora da bancada parlamentar
NUNO VEIGA

Os dois elementos mais jovens da bancada comunista, Alma Rivera e Duarte Alves, entram nas listas de candidatos a deputados em posições dificilmente elegíveis – o elemento mais jovem deverá passar a ser Paula Santos, de 43 anos. Também os membros do PEV deverão voltar a ficar fora do parlamento, se os resultados forem semelhantes aos de 2022

Até à dissolução da Assembleia da República (AR), na passada segunda-feira, o PCP tinha seis deputados, dois deles com menos de 35 anos – Alma Rivera e Duarte Alves. Após as eleições legislativas de 10 de março, há grandes probabilidades de a bancada parlamentar comunista ficar esvaziada de jovens já que foram colocados em lugares distantes nas listas às legislativas ou em círculos eleitorais onde o partido deixou de eleger.

Alma Rivera, de 32 anos, passou de número dois em Lisboa para cabeça de lista por Évora, onde o PCP não conseguiu eleger em 2022, mesmo candidatando, na altura, João Oliveira. Já Duarte Alves, também de 32 anos, foi colocado como quinto candidato por Lisboa, um lugar que dificilmente tem entrada no parlamento. Também os nomes do partido ecologista Os Verdes (PEV), que voltam a ir a votos em coligação com o PCP formando a CDU, ocupam lugares que não garantem o regresso à AR.

Alma Rivera, uma das mais jovens deputadas do PCP, passou a ser a aposta número um do partido em Évora. Contudo, advinha-se uma tarefa hercúlea já que, em 2022, o partido foi surpreendido com a saída de João Oliveira do Parlamento, um dos mais fortes nomes comunistas, não líder parlamentar, e cabeça de lista por esse círculo eleitoral (e agora encabeça a lista às europeias), por não conseguir eleger nenhum representante. Assim, e apesar da notoriedade conquistada no parlamento, a escolha do partido poderá ter como consequência a saída de Alma Rivera da bancada comunista se os resultados forem semelhantes aos de 2022.

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