“Não estamos para aí virados”, respondeu Jerónimo de Sousa sobre a possibilidade do PCP repetir um entendimento com o PS. O ex-secretário-geral comunista criticou as “duas facetas negativas” do PS que não só rejeitou “propostas incontornáveis” do PCP – das leis laborais ao investimento no Serviço Nacional de Saúde – como ainda “recolheu para si próprio avanços” conseguidos graças à luta dos comunistas. “Fomos nós que fizemos aquilo que era possível fazer a pensar nos trabalhadores, reformados, pensionistas, pequenos empresários. Fizemos isso tudo e por isso temos a consciência com grande tranquilidade”, respondeu aos jornalistas à margem do Encontro Nacional do PCP, a decorrer este sábado, no Fórum Lisboa.
O histórico comunista está “consciente das dificuldades” das batalhas eleitorais que se iniciam já em março. Contudo, mantém-se confiante da recuperação eleitoral do seu partido agora liderado por Paulo Raimundo. “Fiquei surpreendido porque quando deixei de ser secretário-geral, centenas de pessoas me diziam que o PCP faz muita falta, gente que não era do PCP ou da CDU”, disse.
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