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Salários, dentistas, professores e um Estado mais seletivo na economia: as primeiras propostas de Pedro Nuno Santos para as legislativas

Salários, dentistas, professores e um Estado mais seletivo na economia: as primeiras propostas de Pedro Nuno Santos para as legislativas
TIAGO MIRANDA

Salário mínimo nos mil euros em 2028, aumentar salário de entrada dos professores, criar carreira de medicina dentária no SNS; avançar com reforma das formas de financiamento da Segurança Social e na habitação são algumas das medidas apresentadas pelo novo secretário-geral do PS. Pedro Nuno quer uma nova forma de olhar para a economia

Salários, dentistas, professores e um Estado mais seletivo na economia: as primeiras propostas de Pedro Nuno Santos para as legislativas

Rita Dinis

Jornalista

No primeiro discurso que fez enquanto secretário-geral do PS formalmente investido em congresso, Pedro Nuno Santos procurou mostrar que “visão” tem para o país. Partindo do geral para o particular e elegendo os salários, a segurança social, a habitação, saúde e educação como prioridades, o novo líder socialista anunciou que quer, desde já, um novo perfil para a economia”“: mais seletiva e especializada, com o Estado a fazer escolhas sobre que setores com maior capacidade multiplicadora quer apoiar - e onde deve apostar no horizonte de dez anos.

Essa, disse, será a sua “primeira e principal missão”. “Só com uma economia mais sofisticada, diversificada e complexa podemos produzir com maior valor acrescentado, pagar melhores salários e gerar as receitas para financiar um Estado Social avançado”, disse, sublinhando que esse será o motor que propõe para fazer a economia crescer. A ideia, disse, é selecionar bem os setores com maior capacidade multiplicadora e concentrar neles os apoios para a próxima década.

Atirando aos governos anteriores (incluindo os de António Costa) ao dizer que não é “inteiramente verdade” que isso se tenha feito nos últimos anos, criticou o apoio “indiscriminado” do Estado a empresas e setores, independentemente do seu “potencial de arrastamento da economia”, afirmando que a consequência disso é uma “incapacidade do Estado em transformar o que quer que seja”. Esse será o seu “novo impulso”, o seu “desígnio nacional”. “É tempo de ser claro e de fazer escolhas, porque governar é escolher”, disse, afirmando que não quer - ao contrário do que António Costa tem dito e repetido - o país a crescer “na média europeia”. Quer mais do que isso: “um país no topo”.

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