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Costa diz que fez a “regionalização” possível e não quer sair sem descentralização na saúde concluída

Costa diz que fez a “regionalização” possível e não quer sair sem descentralização na saúde concluída
RODRIGO ANTUNES

António Costa esteve numa escola na Amadora para mostrar os frutos da reforma das CCDR, que apelida de ‘a regionalização possível’ sem referendo. A mensagem é clara: o Governo pode não ter deixado obra pronta, mas deixou tudo preparado para as grandes reformas do Estado. Agora é preciso não “estragar”. Costa tem menos de 15 dias, mas ainda faz promessas

Costa diz que fez a “regionalização” possível e não quer sair sem descentralização na saúde concluída

Rita Dinis

Jornalista

Apostado em mostrar que foi o Presidente da República que quis convocar eleições, António Costa anda a mostrar obra até a lei não o permitir mais. Marcelo Rebelo de Sousa só vai assinar o despacho que dissolução da Assembleia da República e de convocação de eleições no dia 15 de janeiro, pelo que o primeiro-ministro já disse ao que vinha: só a partir daí começa, legalmente, o seu dever de “recato”, porque só a partir daí se inicia o período de pré-campanha eleitoral. Até lá, o primeiro-ministro vai aproveitar todos os dias para deixar entranhada uma ideia que será útil ao PS em período eleitoral: apesar de a crise política se ter precipitado com a demissão “pessoal” do primeiro-ministro, foi o Presidente da República que decidiu convocar umas eleições que ninguém queria, e, por isso, o Governo vai continuar a mostrar o que fez e, mais do que fez, o que deixou preparado para ser feito.

“Esta descentralização não estaria completa se não tivéssemos avançado um escalão constitucional: fomos até onde podíamos ir no atual quadro constitucional e político, se agora o passo final [da regionalização efetiva] vai ou não ser dado, o futuro dirá, mas fica tudo preparado para que os portugueses decidam o seu futuro”, disse esta quarta-feira o primeiro-ministro numa cerimónia de lançamento do programa de construção, recuperação e reabilitação de estabelecimentos escolares, financiado pelo PRR em 450 milhões de euros. Para Costa, o atual Governo deu “um passo de gigante” no sentido da regionalização da administração descentralizada do Estado - e só não fez mais porque a legislatura foi interrompida a meio.

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