
Presidente evita responder diretamente a ataques de António Costa. Mas insiste que “foi ele que se quis ir embora”. Marcelo já trabalha com os olhos no novo ciclo. E diz que preferia Costa a qualquer um dos candidatos à sua sucessão
Presidente evita responder diretamente a ataques de António Costa. Mas insiste que “foi ele que se quis ir embora”. Marcelo já trabalha com os olhos no novo ciclo. E diz que preferia Costa a qualquer um dos candidatos à sua sucessão
Jornalista
O silêncio incomodado de Marcelo Rebelo de Sousa espantou por estes dias os que há anos o veem a fazer política na rua, mas a expectativa no Palácio de Belém é que o Presidente manterá o registo politicamente mais recatado até às eleições de março. Sem se calar — ainda esta quinta-feira veio dizer que “preferia” António Costa a qualquer um dos candidatos à sua sucessão (talvez Luís Montenegro lhe agradeça esta frase) e que Costa daria um bom candidato presidencial “se antes não chegar a presidente do Conselho Europeu” (talvez aqui seja Costa a agradecer-lhe) —, Marcelo gerirá a reta final do costismo sem responder diretamente aos ataques do primeiro-ministro, que o acusa de ser ‘o mau da fita’ desta crise política. Mas voltou a insistir que “foi ele que se quis ir embora. Não fui eu que disse: vá-se embora”. É a resposta indireta aos que o acusam de ter partido a corda.
Há duas razões, explicam na Presidência, para esta gestão mais contida em que o Presidente evitar ser puxado para a “luta na lama”: por um lado, o Presidente quer manter a mínima normalidade institucional, porque ainda terá de trabalhar com António Costa até março; por outro, “responder ao PM seria entrar na campanha do PS”.
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