Política

Comissão Europeia desbloqueou "grosso" das verbas do PRR, mas 800 milhões ficam pendentes

Comissão Europeia desbloqueou "grosso" das verbas do PRR, mas 800 milhões ficam pendentes
RUI DUARTE SILVA

Bruxelas já aprovou o 3º e 4º pedidos de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, apesar de três medidas ainda não terem sido dadas como cumpridas, anunciou António Costa à margem do Conselho Europeu, onde se discute também o alargamento da UE (e o pedido de adesão da Ucrânia) e o quadro financeiro plurianual

Comissão Europeia desbloqueou "grosso" das verbas do PRR, mas 800 milhões ficam pendentes

Rita Dinis

Jornalista

António Costa anunciou esta quarta-feira que a Comissão Europeia já desbloqueou as verbas pendentes de Portugal no âmbito do PRR. Em causa estão a terceiro e a quarta tranches de pagamento, que dependem do cumprimento das medidas e reformas com as quais cada país se comprometeu. Uma fatia - 800 milhões - fica ainda pendente do cumprimento de medidas estão ainda por confirmar- mas em vias de ser cumpridas -, como é o caso das leis que alteram os estatutos das Ordens Profissionais e que foram vetadas por Marcelo Rebelo de Sousa.

Hoje é um dia particularmente importante porque a Comissão Europeia anunciou o terceiro e quarto pedidos de pagamento de Portugal no PRR, um total de 2.600 milhões de euros”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas à margem da reunião do Conselho Europeu que decorre por estes dias em Bruxelas. “O grosso da verba vai ser paga”, garantiu Costa, confiante de que o bolo total de 3.400 milhões também vai ser pago depois de as três medidas pendentes serem aprovadas.

É o caso da reforma das ordens profissionais: Marcelo tem vetado nos últimos dias várias alterações ao estatutos das ordens, mas promulgado a maioria e os vetos estão a ser feitos dentro do calendário possível para o PS reconfirmar via Assembleia da República (como Costa acredita que o PS vai fazer);Outro atraso é na nova lei sobre os centros de responsabilidade integrada dos hospitais, que Marcelo já promulgou, mas que só entra em vigor em janeiro; e o caso da descentralização de competências na área da saúde, que ainda na última semana o Governo assinou com o município do Porto e deu conta de que apenas 8 municípios não o quiseram fazer - o que não invalida que a reforma seja dada como cumprida por Bruxelas.

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