José Luís Carneiro aposta no contacto direto para angariar o voto “livre” nas diretas do PS que se vão realizar a 15 e 16 deste mês. O candidato e a sua estrutura de campanha recusam o termo call center, mas assumem que têm equipas de “voluntários” que estão a montar em cidades estratégicas para ligar a militantes. Ambas as candidaturas — assim como a de Daniel Adrião — têm acesso às listas de votantes com quotas em dia fornecidas pelo partido, assim como a uma sala na sede, no Largo do Rato, em Lisboa, carro e combustível. E acesso a verbas para a campanha também dadas pelo partido: uma parte é dada à partida — €10 mil, igual para todos — e o restante será entregue conforme as despesas apresentadas e os votos arrecadados. Pedro Nuno estima vir a receber €55 mil do PS, Carneiro estima €45 mil.
Nas eleições internas, o PS, tal como já tinha feito o PSD, decidiu instituir um sistema semelhante ao financiamento das campanhas eleitorais: cada candidato apresenta um orçamento e, depois, recebe uma subvenção em função dos resultados obtidos. Nesta campanha interna, o PS disponibiliza €100 mil para as três campanhas e só a soma das quantias previstas pelas candidaturas de José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos ultrapassa ligeiramente essa verba. Mas o apoio do partido vai depender das faturas entregues e dos votos contados no fim do dia 16.
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