As forças políticas com assento no parlamento dos Açores vão ser recebidas pelo Presidente da República já na próxima segunda-feira, 27 de novembro, caso o orçamento da região seja chumbado. Direita e esquerda pedem eleições antecipadas
Elisabete e Sara varrem as folhas que o vento traz, amontoadas pelo vento e pelo tempo, em frente à Assembleia Legislativa Regional da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), na Horta, ilha do Faial.
O som das duas vassouras de cerdas grossas e longas repete-se de forma cadente e quase mecânica, rua fora. Ainda não são 10 da manhã e, enquanto trabalham, os deputados do hemiciclo açoriano vão chegando para o segundo dia de plenário sobre a discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2024. Para a maioria, as duas varredoras são invisíveis. A ambas, o que se discute no Parlamento regional, pouco lhes diz, mas ambas sabem que o chumbo do orçamento é praticamente certo. “Eu espero que não seja negativo e continue tudo igual e eu possa receber o meu ordenado certinho”, deseja Elisabete Jorge, de 46 anos. A colega, Sara Cabaça, de 29 anos, também espera o mesmo: “Eu não percebo muito de política mas espero que continue tudo como está.”. Depois da pequena pausa para dois dedos de conversa com o Expresso, as duas mulheres seguem juntas com o carrinho carregado de folhas.
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