Marcelo Rebelo de Sousa voltou este sábado a referir-se às palavras dirigidas ao representante da Palestina, que já ontem tentou explicar, ao mesmo tempo que assegura que “não houve nenhuma confusão”
Jornalista
“Foi o embaixador da Palestina que levantou o problema, não fui eu. E eu, atenção, disse que era muito importante a moderação e agora até faz todo o sentido o que eu disse porque há sinais de que pode haver cessar fogo se houver um acordo sobre os sequestrados".
Foi com estas palavras que Marcelo Rebelo de Sousa tentou explicar, mais uma vez, as declarações dirigidas na véspera, no Bazar Diplomático, ao representante da Palestina, em que atirou a frase: “desta vez foi alguém do vosso lado que começou e não devia”. “Eu fiz uma coisa muito moderada”, completou o Presidente da República que garantiu esta manhã em Setúbal não compreender o “alarido” que as suas palavras suscitaram e nega que tenha havido qualquer confusão.
O tema, no entanto, parece longe de estar arrefecido no debate político. Também este sábado, a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, desafiou o Presidente a dizer se está ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres na defesa do cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas ou ao lado da "hipocrisia internacional".
Na sexta-feira, a coordenadora-geral do Bloco de Esquerda já se tinha manifestado contra as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa considerando, nas redes sociais, que a frase dita pelo Presidente “envergonha Portugal”.
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