
Os socialistas seguem com atenção as movimentações de Medina e Pedro Nuno, que têm dividido o palco mediático à volta do OE
Os socialistas seguem com atenção as movimentações de Medina e Pedro Nuno, que têm dividido o palco mediático à volta do OE
Coordenadora de Política
Fernando Medina não é dado a estados de alma nem a avaliações pessoais. É, enquanto ministro das Finanças, o braço-direito de António Costa e a mão de ferro no cofre das contas públicas. Mas nem sempre mantém a rigidez que caracteriza a sua ação política. Em frente a economistas, em maio, admitia as dificuldades de um ministro em tempos de incerteza. Precisava de “rigor nas análises” e, sobretudo, de “humildade na ponderação das diversas opções”, porque muitas delas, “convenhamos, são escolhas difíceis”. A realidade trouxe-lhe escolhas menos difíceis para fazer neste Orçamento do Estado, mas será suficiente para lhe abrir caminho para futuro?
Diz a quem lhe pergunta por ambições políticas que já fez a última campanha. O duro golpe de Lisboa, perdendo a câmara da capital para Carlos Moedas quando a vitória parecia favas contadas, e as insinuações recorrentes no âmbito criminal, mesmo que nunca tenha sido investigado, arrefeceram a vontade, mas quem lhe é próximo reconhece-lhe o objetivo de uma corrida de fundo, de “longo prazo”. Para mostrar terá este Orçamento, acredita um seu apoiante, ainda que o IUC tenha borrado a pintura. “O IRS foi xeque ao PSD, a evolução de salários e pensões é difícil de criticar à esquerda, o equilíbrio orçamental e a descida da dívida à direita. Esse é um capital que ele está claramente a construir e reforçar para ele também.”
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