Exclusivo

Política

CES lança debate sobre impostos: “É errado associar uma reforma fiscal ao processo orçamental”, diz Francisco Assis

Francisco Assis na sala do CES onde decorrem as reuniões de concertação social
Francisco Assis na sala do CES onde decorrem as reuniões de concertação social

Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social, defende que é preciso separar mais o processo de concertação social do momento de apresentação do Orçamento do Estado. E diz que aconteceu uma mudança “clandestina” na saúde que aconteceu sem decisão política e que tem de ser debatida

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) lamenta a excessiva governamentalização da concertação social e defende maior acompanhamento da execução de acordos, como o que foi assinado em outubro, na sede do CES, sobre rendimentos e competitividade. Em entrevista ao Expresso, Francisco Assis adianta que quer lançar a discussão de uma reforma fiscal que deve ser feita fora do debate orçamental

O que falta a este OE?

Há uma linha de consolidação orçamental que me parece correta e se iniciou há muitos anos. O mais importante é que haja uma recuperação do investimento público. Mas também é importante o nível de concretização do Orçamento: tão importante quanto analisar o OE é analisar a Conta Geral do Estado, e fazemos as duas coisas aqui no CES. Será muito importante perceber qual o grau de execução e se há mais investimento de capital ou de despesas correntes. O que verificámos nos últimos anos, mesmo nos anos da ‘geringonça’, foi que o ajustamento passou pela redução dos níveis de investimento público. Este ano tem a novidade do fim das cativações, que se traduziram numa redução muito significativa do investimento público, que ficou sempre muito aquém do expectável.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: elourenco@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate