
Menos esfíngico, Passos já se diz "na reserva". Se o PSD falhar as europeias, ele pode voltar
Menos esfíngico, Passos já se diz "na reserva". Se o PSD falhar as europeias, ele pode voltar
Jornalista
Aparentemente, não há nada de novo. Pedro Passos Coelho continua a viver pacata e discretamente entre a família, as aulas que dá na faculdade, os convites profissionais que recusa e uma vida social restritíssima. Mas só aparentemente é que nada mudou. Num recente encontro social em Lisboa, Passos definiu a sua situação face à política: “Estou na reserva.” E para um hábil gestor de silêncios a frase pesa, embora não tenha surpreendido os que com ele têm privado nos últimos tempos e que o sentem preocupado com o estado do país e muito crítico da oposição do PSD a António Costa.
Um ano depois de ter ido à Festa do Pontal manifestar apoio a Luís Montenegro, Passos Coelho já não disfarça a lista de erros que considera acumulados pelo partido. E nos convites, poucos, que aceita para eventos (amanhã vai ao casamento da infanta Francisca) quando se cruza com personalidades da sua área política facilmente exterioriza uma leitura do país, do poder socialista e do que entende ser urgente para o derrubar, que funciona como incentivo para os que sonham vê-lo retomar o projeto que deixou a meio.
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