Política

"Flic flac com mortal à retaguarda": Portas critica modelo de privatização da TAP (e deixa uma dúvida)

Paulo Portas.
Paulo Portas.
PEDRO NUNES

Paulo Portas comentou na TVI o modelo de privatização anunciado pelo Governo. Tem uma dúvida: a dívida fica no Estado? E deixou várias críticas a Costa, não só por voltar atrás, mas também pelo “risco para o hub” de vender a europeus

"Flic flac com mortal à retaguarda": Portas critica modelo de privatização da TAP (e deixa uma dúvida)

David Dinis

Diretor-adjunto

“Um flic flac com mortal à retaguarda”. Foi com esta imagem que Paulo Portas classificou o anúncio do Governo de privatização da TAP. “É a reversão da reversão”, opinou o ex-vice-primeiro-ministro, agora comentador na TVI.

Este domingo, no seu espaço de comentário, Portas anotou críticas ao modelo anunciado para a venda da companhia: “O contribuinte não recuperará de metade a um terço - mais próximo da metade” do que gastou com a companhia aérea", os 3,2 mil milhões injetados durante a pandemia, após a nacionalização.

Por outro lado, referiu Portas, “voltamos à ideia” de vender mais de 50% da empresa. Mas agora, disse Paulo Portas, “os concorrentes são europeus, com um poder de ameaça sobre o hub português maior, enquanto em 2015 eram americanos. E é interessante que na valorização da TAP contam muito os aviões de Neeleman.” Recorde-se que a venda a David Neeleman aconteceu no final da governação da última coligação PSD-CDS, de que Portas fez parte.

Mas o ex-líder do CDS deixou também uma dúvida, um ponto que pareceu “não estar clara: fala-se em privatizar a TAP, a Portugália e a empresa de catering. Mas não vi a TAP SGPS, onde está parte da dívida”.

Quanto à possibilidade admitida pelo atual primeiro-ministro de privatizar até 100% da TAP, ficou um comentário também. “Eu tomaria a iniciativa de dizer: enganei-me”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ddinis@expresso.impresa.pt

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