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A direita move-se na rentrée e desassossega o jogo

A direita move-se na rentrée e desassossega o jogo

Mendes e Santana abriram corrida às presidenciais, Portas e Marcelo voltaram ao PSD e Montenegro fez o trabalho de casa. Mas tudo continua a depender das europeias

A direita move-se na rentrée e desassossega o jogo

Ângela Silva

Jornalista

Daqui a pouco mais de um mês, quando Fernando Medina depositar nas mãos de Augusto Santos Silva a proposta de Orçamento do Estado para 2024, ver-se-á se o lance de Luís Montenegro em matéria de baixa da carga fiscal sobre as famílias não acaba abalroado pela meticulosa gestão das finanças públicas que a história há de registar como uma boa moeda da década costista. Vem nos livros que na hora da verdade quem lucra não é quem propõe descidas no IRS, é quem as aplica e oferece e aqui não há volta a dar — quem governa, se quiser, puder e souber, tem vantagem. Mas que o PSD e a direita deram sinais de reanimação no arranque deste ano político é objetivo.

Primeiro, foram as propostas fiscais do PSD que até a socialista Ana Gomes elogiou na SIC, lamentando, aliás, que o PS não tenha parado para as analisar. Mas o que se seguiu foi um dessossego político que nem as agitadas semanas de férias de Marcelo Rebelo de Sousa no areal de Monte Gordo faziam prever. Luís Montenegro chamou o ex-líder do partido, Luís Marques Mendes, cujas ambições presidenciais conhece, para a festa do Pontal (deu-lhe a escolher entre o Pontal e a Universidade de verão do PSD que se seguiria em Castelo de Vide e Mendes escolheu o Pontal que sabe ser mais popular entre os ‘laranjinhas’). E o comentador da SIC, que Montenegro sublinhou ter “notoriedade”, cheirou a oportunidade, registou a boa onda, e numa jogada de antecipação não perdeu tempo a anunciar que, se sentir “que é útil” e que tem “condições”, admite ir a jogo em 2026. Foi quanto baste para dar corda ao relógio.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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