Com o logotipo laranja do PSD atrás, Marcelo recusou comentar o que quer que fosse de política nacional - evitou nomes e deu uma nega cordial a um aluno que lhe perguntou sobre políticas de habitação. De volta a “casa”, como lhe chamou o ‘reitor’ Carlos Coelho, o Presidente da República só falou de Ucrânia. E de legado. O que quer deixar - a "proximidade" - e o que quer que o seu sucessor não perca
A jovem aluna que, depois do jantar, introduziu o convidado de honra desta quarta-feira na Universidade de Verão do PSD fê-lo de forma algo premonitória. Depois de uma pequena apresentação biográfica sobre o Presidente da República que dispensa apresentações, recorreu a palavras de Pedro Santana Lopes para levantar um potencial problema que o sucessor de Marcelo Rebelo de Sousa terá em vista: “Tem de ser muito próximo do povo, até pode ter outro estilo, mas Marcelo iniciou um ciclo que não dá para voltar atrás”.
Marcelo Rebelo de Sousa não diria melhor. Questionado por um grupo de alunos, ao fim de mais de 2 horas de conversa, sobre qual o legado que queria deixar quando o seu mandato chegar ao fim, em 2026, não hesitou em responder: “Provavelmente a marca que deixo é a de ter sido um Presidente da República de proximidade no momento em que o problema dos políticos e da política em todo o mundo é a descolagem em relação às pessoas”. “Eu fiz tudo o que era possível para responder a essa tentação terrível, essa quebra, essa desvinculação, ao ter procurado a proximidade em todas as circunstâncias”, acrescentou ainda.
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