Marcelo já convocou os conselheiros de Estado para uma nova reunião do órgão consultivo da Presidência da República. Vai ser no próximo dia 5 de setembro, e trata-se da segunda parte da última reunião, em que as críticas à atuação do Governo foram muitas mas nem Marcelo nem Costa responderam
Está marcado o segundo ‘round’ do último Conselho de Estado, de 21 de julho. Marcelo Rebelo de Sousa enviou esta quinta-feira a convocatória aos conselheiros para uma nova reunião no dia 5 de setembro, pelas 15h no Palácio de Belém, na véspera da rentrée socialista - onde está previsto que António Costa faça o discurso de abertura do ano político socialista.
Trata-se da continuação da última reunião, que Marcelo interrompeu a meio (ao fim de cerca de cinco horas) por entender que o que tinha para dizer não caberia no tempo útil que o primeiro-ministro tinha disponível para ouvir. Isto porque, como o Expresso escreveu na altura, Costa fez saber, logo no início dos trabalhos, que pelas 20h tinha de sair para apanhar um avião para a Nova Zelândia para assistir à estreia da seleção feminina de futebol no campeonato do mundo.
Assim, a reunião terminou com a promessa de que o debate seria “retomado em setembro”, depois de uma demorada ronda por todos os conselheiros. Na altura, o ano político estava a chegar ao fim e o Governo tinha estado no Parlamento a fazer o balanço do ano no debate do Estado da Nação, mas Marcelo tinha deixado no ar que iria aproveitar aquele momento para fazer o seu próprio balanço - incluindo sobre o caso TAP/João Galamba, que causou maior tensão entre os dois palácios. E até até deixado no ar a possibilidade de falar ao país depois do Conselho de Estado.
Contudo, nem Marcelo falou, nem António Costa chegou a responder às críticas dos conselheiros - isso ficou para a segunda volta. Como o Expresso também escreveu, além de Cavaco Silva, Marques Mendes, Lobo Xavier e Francisco Pinto Balsemão, o mais corrosivo foi o ex-ministro das Finanças de Cavaco, Miguel Cadilhe, que falou durante praticamente uma hora para mostrar como os números do Governo parecem positivos para a economia mas podem ser enganadores.
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