Foi com “estupefação” que o Bloco de Esquerda viu o anúncio de que a ponte pedonal do rio Trancão, entre Lisboa e Loures, construída para a Jornada Mundial da Juventude, se passaria a chamar “Ponte Cardeal Dom Manuel Clemente”. De acordo com Beatriz Gomes Dias, vereadora do Bloco na Câmara Municipal de Lisboa (CML), a decisão do nome da infraestrutura avançou sem ter sido “apreciada” nem “votada” em reunião de Câmara por todos os vereadores, tal como seria obrigatório.
A esta decisão unilateral do executivo de Moedas, a bloquista respondeu com um requerimento, enviado no sábado, dia 12, que pede “esclarecimentos” ao autarca. Ao Expresso, fonte do partido confirmou que o Bloco poderá avançar com “outras ações”, caso a decisão de Moedas se mantenha. Ao mesmo tempo, a petição pública pela alteração do nome da ponte já ultrapassou as dez mil assinaturas – um número que continua a crescer – e pode agora ser discutida na Assembleia da República, a partir de setembro.
“Esta decisão [de atribuir o nome Ponte Cardeal Dom Manuel Clemente] não foi precedida de parecer da Comissão Municipal de Toponímia e não foi alvo de apreciação e votação em reunião de Câmara Municipal de Lisboa pelos vereadores e vereadoras”, lê-se no requerimento disponível no site esquerda.net.
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