Exclusivo

Política

Governo tenta isolar problemas em Pedro Nuno Santos e ex-ministro não quer alimentar guerra

Pedro Nuno e Hugo Mendes geriram dossiê da TAP até ao final de 2022
Pedro Nuno e Hugo Mendes geriram dossiê da TAP até ao final de 2022
Tiago Miranda

Pedro Nuno Santos quebra o silêncio na terça-feira: é ouvido na comissão de Economia. Na semana seguinte vai à comissão de inquérito

Governo tenta isolar problemas em Pedro Nuno Santos e ex-ministro não quer alimentar guerra

Rita Dinis

Jornalista

Governo tenta isolar problemas em Pedro Nuno Santos e ex-ministro não quer alimentar guerra

Liliana Valente

Coordenadora de Política

“Não considero uma prática normal.” Foi assim que António Costa respondeu, quando questionado pelo PSD sobre se considerava ser prática normal que um documento com a relevância e a sensibilidade do programa de reestruturação da TAP estivesse apenas guardado no portátil do adjunto Frederico Pinheiro. De forma lacónica, António Costa deixava no ar mais uma crítica à forma como o Ministério das Infraestruturas funcionava no tempo de Pedro Nuno Santos — tal como João Galamba e a chefe de gabinete já tinham feito nas respetivas audições.

Com a oposição a tentar de várias formas atingir o centro nevrálgico do Governo através da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), primeiro apontando baterias a Fernando Medina no caso da indemnização, depois a João Galamba no caso dos incidentes no Ministério, e depois a António Mendonça Mendes no caso da chamada ao SIS (ver P&R), o Governo não resiste à tentação de enquadrar o que se passou num “epicentro”: o gabinete de Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes, de onde saiu Frederico Pinheiro, e cujas práticas de trabalho ao nível do tratamento de informação sensível são hoje consideradas “não normais”. “A cada ministro cabe a responsabilidade sobre o seu gabinete”, diria Mariana Vieira da Silva numa entrevista ao “Negócios” sobre o facto de o plano de reestruturação da TAP não estar no arquivo das Infraestruturas mas apenas no computador do adjunto.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rdinis@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate