Frederico Pinheiro tinha estado mais de 5h na comissão de inquérito à TAP a dar a sua versão dos factos insólitos ocorridos no Ministério das Infraestruturas quando, após o seu término, Eugénia Correia, chefe de gabinete de João Galamba, entrou para fazer o contraditório. Seguiram-se outras mais de 5 horas de uma versão diferente dos mesmos factos: ninguém do gabinete mexeu no telemóvel de Frederico Pinheiro (que está nas mãos da PJ), ninguém quis apagar notas, e Frederico só foi exonerado por ter “sonegado” informações, e, quem sabe, “inventado” notas à posteriori.
Sobre as agressões, Eugénia Correia diz ter “temido pela sua segurança” e afirma que levou “um murro” do adjunto quando o tentou impedir de sair do gabinete com “um computador que não lhe pertencia”. Eugénia Correia diz mesmo que “teve o cuidado” de se certificar que o computador do adjunto estava no gabinete antes de o ministro lhe telefonar, depois de aterrar de Singapura, a dizer que estava exonerado. E que, no telefonema, as ordens expressas do ministro foram para Frederico Pinheiro não voltar ao Ministério. Por isso, diz que nunca lhe passou pela cabeça que alguém que foi exonerado às 20:45 pudesse nesse mesmo dia, cerca de 15 minutos depois estar no Ministério para ir buscar um computador que não era seu, mas do gabinete.
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