O relato é duro para o Governo: Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro João Galamba, contrariou a versão das secretas, dizendo que se sentiu “ameaçado” por parte do agente do SIS que o contactou a meio da noite e acrescenta que “nunca em momento algum” foi contactado pelo Conselho de Fiscalização das secretas (ou pelo gabinete do primeiro-ministro) para a elaboração de relatórios que concluíram pela legalidade da atuação do SIS no caso do suposto roubo do computador.
Na audição que decorreu esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP , Frederico Pinheiro disse ter sido “difamado” pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infraestruturas (que o ameaçou de “um soco”), admitiu processar ambos na justiça, põs-se na posição de agredido e não de agressor e deu um dado novo: um técnico do Ministério das Infraestruturas terá feito uma intervenção no seu telemóvel que levou ao “apagão” do histórico de mensagens no Whatsapp. E ainda acrescentou que nunca ninguém - do SIS ao Governo, passando pela PJ - lhe perguntou se tinha cópias dos documentos classificados que estariam no computador. E tinha - embora reitere que nunca partilhou nenhuma informação com elementos externos ao gabinete.
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