Política

Marcelo Rebelo de Sousa diz estar “obrigado” a promulgar eutanásia e isso acontece “entre hoje e amanhã”

Marcelo Rebelo de Sousa diz estar “obrigado” a promulgar eutanásia e isso acontece “entre hoje e amanhã”
PATRICIA DE MELO MOREIRA

Em mais um dia de Músicos em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas. Sobre os bons números da economia que tardam em chegar às carteiras dos portugueses e sobre o diploma que está “obrigado” a promulgar. Presidente devolve legalização da eutanásia ao parlamento até amanhã

Sem notas ou reparos, apenas com uma citação do artigo da Constituição que nesta altura obriga o Presidente da República a promulgar o diploma que legaliza a eutanásia em Portugal. Assim será, “entre hoje e amanhã”, a devolução do diploma ao parlamento, confirmou Marcelo Rebelo de Sousa. “Obrigado como estou à promulgação, promulgarei entre hoje e amanhã e mandarei imediatamente ao parlamento”, disse.

À margem de mais uma iniciativa de Músicos em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa começou por comentar as mais recentes previsões económicas. “A comissão europeia diz que Portugal pode atingir 2,6% de crescimento este ano. Penso que pode atingir mais”, disse o Presidente, lembrando que “se no primeiro trimestre, o mais complicado, Portugal teve crescimento de 2,5” e se “o turismo continua a subir, as exportações continuam a subir e o investimento externo está a aguentar bem” nada faz prever uma quebra, até porque “o défice está controlado, os números de desemprego até agora não são preocupantes e continuamos com valores razoáveis, à volta dos 7%”.

No entanto, também para Marcelo há uma diferença entre os “grandes números” e a economia real, a da carteira dos portugueses. “A macroeconomia, os grandes números estão bem. A questão é chegarem à vida das pessoas e isso demora tempo”, destacou, antes de apontar ao PRR, cuja “taxa de execução melhorou” e às medidas extraordinárias adotadas pelo Governo, que “entram em força agora nestes meses”, como formas de acelerar o processo. O maior obstáculo, o “problema para que ainda não vemos uma saída”, está mesmo na banca, que “cobra muito por causa da subida de juros a nível internacional e paga pouco a quem tem aplicações”. E mesmo nesse campo, Marcelo está ”esperançado que a banca esteja acordada para o problema, o banco de Portugal também”.

Sobre a TAP, nada

“Nunca me pronuncio sobre os trabalhos das Comissões Parlamentares”, disse Marcelo quanto questionado sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP. O mesmo princípio que aplicou ao funcionamento do SIS no processo entre João Galamba e o seu ex-adjunto. “É uma das matérias sensíveis que está a ser apreciada na CPI” e “tudo o que o PR pudesse dizer seria ruído". "Tenho evitado esse ruído, por exemplo, não recebendo responsáveis da empresa [TAP] que pediram para ser recebidos por mim ou não aceitando contactos de qualquer natureza que fossem maneira de intervir, direta ou indiretamente, num processo que está no parlamento”, disse.

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