Trata-se de “bastante documentação”, toda com selo de confidencialidade, que só pode ser consultada pelos deputados da comissão parlamentar de inquérito na “sala de segurança” - onde não se pode tirar fotografias nem fazer cópias. Foi assim que o Governo descalçou a bota do parecer (que afinal “não era parecer nenhum”) que estaria na base da fundamentação para a demissão, por justa causa, de Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja da Administração da TAP. Mas a pedra no sapato continua lá.
Os documentos, ao que o Expresso apurou, são sobretudo emails trocados entre o Ministério das Finanças, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e a Jurisapp (serviços de apoio jurídico do Estado) para o Governo, enquanto acionista da TAP, se articular e redigir aquela que viria a ser a deliberação da demissão enviada à TAP SGPS no dia 12 de abril. Toda a troca de correspondência foi feita a partir do dia 7 de março, um dia depois de Fernando Medina e João Galamba terem anunciado, em conferência de imprensa, a demissão dos administradores. Não há, sabe o Expresso, nenhum documento sobre o despedimento com data anterior a essa.
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