Dez meses depois da eleição falhada de António Almeida Costa e após críticas de partidos, de constitucionalistas e do próprio Presidente da República, terminou o bloqueio no Tribunal Constitucional (TC) com a cooptação esta semana de três novos juízes para substituírem o presidente, João Caupers, o vice-presidente, Pedro Machete, e o juiz conselheiro Lino Ribeiro. Carlos Carvalho, Rui Guerra da Fonseca e João Carlos Loureiro foram escolhidos pelos 10 juízes eleitos pela Assembleia da República (AR) para sucederem aos que já tinham terminado o mandato, fechando o elenco do Palácio Ratton. Uma escolha que tardou, mas que resulta de um acordo que procura equilibrar a ala da direita e da esquerda no tribunal, sabe o Expresso.
A nova composição do TC, contudo, pode ser mais favorável à legalização da morte medicamente assistida, caso o Presidente da República (PR) volte a enviar o diploma para ser analisado pelos juízes. Se João Caupers, Pedro Machete, Lino Ribeiro — que estão de saída — são contra a legalização da eutanásia, entre os novos juízes, só João Carlos Loureiro, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, de uma ala de direita conservadora, já se manifestou publicamente contra a eutanásia.
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