Política

Imóveis vão financiar armamento e Exército vai ter helicópteros ou aviões para proteger forças

2 abril 2023 17:18

Vítor Matos

Vítor Matos

Jornalista

Helena Carreiras anunciou subida de 17% em investimento, mas a área da defesa é das mais afetadas pela inflação

nuno andré ferreira/lusa

António Costa vai centralizar as decisões sobre quais os imóveis militares a rentabilizar, e que depois podem financiar a LPM. Ainda não se conhecem os detalhes do projeto para as aeronaves de apoio próximo.

2 abril 2023 17:18

Vítor Matos

Vítor Matos

Jornalista

O Governo entregou no Parlamento uma proposta de revisão da Lei de Programação Militar (LPM) com um aumento de 17,5% no investimento em equipamento para as Forças Armadas nos próximos 12 anos, mas uma parte desses €830 milhões adicionais será consumida pela inflação: a subida de preços dos materiais e componentes de armamento, decorrentes da procura gerada pela guerra e pela inflação, faz com que o efeito real deste aumento seja menos acentuado. Aliás, a nova LPM só contempla um programa novo: o das “aeronaves de apoio próximo”, que vão servir para “proteger as Forças Nacionais Destacadas através de ações de reconhecimento e de vigilância, com rapidez e em profundidade”, como a ministra da Defesa, Helena Carreiras, escreveu num artigo publicado na última edição do Expresso.

A intenção de comprar helicópteros para apoiar tropas do Exército — como as forças ao serviço das Nações Unidas na República Centro-Africana — já tinha sido noticiada pelo Expresso, mas ainda não está decidido se as aeronaves vão ser de asa rotativa ou de asa fixa. Ou seja, a Defesa ainda não concluiu se vão ser helicópteros ou aviões, apesar de os primeiros serem uma velha aspiração do ramo terrestre (que durante anos tentou formar um Grupo de Aviação Ligeira), não só por assegurar proteção e capacidade de fogo, mas também a evacua­ção de feridos em zonas difíceis.