Política

TAP. António Costa defende Medina. Consequências políticas foram retiradas “há várias semanas”

TAP. António Costa defende Medina. Consequências políticas foram retiradas “há várias semanas”
JOSÉ COELHO/LUSA

“Qualquer ato do estado é questionável em tribunal. Naturalmente, quer o chairman que a ceo podem recorrer a tribunal", reconhece António Costa

TAP. António Costa defende Medina. Consequências políticas foram retiradas “há várias semanas”

Filipe Garcia

Editor-adjunto de Política

“Qualquer ato do estado é questionável em tribunal. Naturalmente, quer o chairman que a CEO podem recorrer a tribunal", reconheceu António Costa, um dia depois da exoneração de Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener da companhia aérea nacional. "O governo agiu de acordo com a fundamentação do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que é absolutamente claro”, defendeu.

Quanto a eventuais consequências políticas, o primeiro-ministro saiu em defesa de Fernando Medina, afastando qualquer necessidade de mais consequências políticas. Essas, argumenta, foram retiradas "há várias semanas". “O relatório da IGF vem explicar, pela enésima vez, que o atual ministro das finanças não teve intervenção ou conhecimento do processo, tal como o anterior ou alguém da sua equipa”, disse António Costa, lembrando que foi “o próprio doutor Pedro Nuno Santos” quem tomou a decisão de abandonar o ministério da tutela.

Deixando claro “o reconhecimento que os resultados da reestruturação têm sido positivos e que isso fica a crédito desta administração e da CEO”, Costa ainda lembrou que o processo de privatização não será afetado e que são já várias as manifestações de interesse na companhia.

Sobre a posição do PSD, o primeiro-ministro partiu ao ataque, dizendo-se “absolutamente incapaz” de a comentar, “tal a sua volatilidade”. Costa lembrou a privatização feita pelos sociais-democratas já depois “ter sido aprovada a moção de censura ao seu último governo” e sabendo que "o governo que já dispunha de maioria na Assembleia entendia que o Estado devia manter uma posição na TAP”. “Em execução do programa, o governo foi obrigado a recomprar aquilo o PSD tinha privatizado, num momento do ponto de vista da ética política absolutamente inaceitável”, disse. Em jeito de conclusão, António Costa ainda defendeu a opção do governo. “Agora é fácil perguntar porque fizemos a intervenção em 2020. Pela mesma razão que andávamos de máscara e confinados. Hoje já não precisamos de ter a TAP com a participação pública que tem, mas o que teria acontecido se não tivéssemos usado máscara? O que teria acontecido se tivéssemos deixado acabar com a TAP?”

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