Exclusivo

Política

Governo “testa” propostas para habitação, Marcelo espera mudanças

Ministro das Finanças e ministra da Habitação estiveram ao lado de Costa na apresentação das propostas
Ministro das Finanças e ministra da Habitação estiveram ao lado de Costa na apresentação das propostas
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Executivo Prioridade à concretização de medidas de apoio às famílias. Marcelo espera reavaliação de propostas “desastrosas”

Governo “testa” propostas para habitação, Marcelo espera mudanças

Ângela Silva

Jornalista

Governo “testa” propostas para habitação, Marcelo espera mudanças

Rita Dinis

Jornalista

Primeiro testa-se, depois contesta-se, depois legisla-se. É assim que o Governo está a encarar o “pacote” de medidas para a habitação que deu a conhecer na quinta-feira passada e que a ministra passou toda a semana a tentar explicar. “Não nos acantonamos em nenhuma medida”, diz ao Expresso fonte do Governo, admitindo que o pacote legislativo ainda vai fazer o seu percurso no Parlamento e o Governo vai ouvir “várias entidades”, desde o Conselho Nacional de Habitação à Associação Nacional de Municípios, estando disposto a “afinar” e a “melhorar” as sugestões que saíram do Conselho de Ministros. Para já, o Governo só vai acelerar a concretização das medidas de apoio direto às famílias que estão a ter dificuldades em pagar a prestação da casa ou a renda, o resto limita-se a um princípio de discussão.

A ideia é fazer o debate em duas fases: primeiro, até dia 16 de março, manter em consulta pública apenas um documento com “propostas e linhas de orientação” (muito criticado pela oposição, e até no PS, por ser apenas “um powerpoint”), e só depois entrar noutra fase já com as propostas de lei em cima da mesa. Mesmo a segunda fase será longa: só as medidas relativas aos apoios às famílias irão ver a luz do dia em março, sendo aprovadas em decreto de lei, uma vez que o resto do pacote será enviado para a Assembleia da República sob a forma de proposta de lei — que será depois apreciado na especialidade. “Testar” é mesmo a palavra de ordem. “É para testar que servem as discussões”, admite fonte do Governo, que ironiza: a maioria absoluta não pode ser criticada por não dialogar e por dialogar.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: AVSilva@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate