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Habitação. Governo põe medidas em consulta pública, mas propostas de lei só mais tarde

António Costa, Fernando Medina e Marina Gonçalves apresentaram o pacote de medidas para a habitação
António Costa, Fernando Medina e Marina Gonçalves apresentaram o pacote de medidas para a habitação
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Ex-ministros socialistas questionam eficácia das medidas e há quem peça para ver decretos de lei. Marcelo já tinha dito o mesmo: “Só se sabe se o melão é bom depois de abrir”. Mas decretos de lei e propostas de lei que vão para a Assembleia da República só serão conhecidos mais tarde - antes da data final de 16 de março. Em consulta pública até 10 de março fica documento preliminar

Habitação. Governo põe medidas em consulta pública, mas propostas de lei só mais tarde

Rita Dinis

Jornalista

O Governo já pôs em consulta pública o pacote “Mais Habitação”, que fica a partir de amanhã em discussão até ao próximo dia 10 de março, mas não o fez sob a forma de propostas ou decretos de lei. Quatro dias depois do Conselho de Ministros em que deu a conhecer o novo pacote de medidas urgentes para a Habitação, vários foram os setores e personalidades que criticaram o facto de o Governo ter apresentado ideias genéricas e não propostas legislativas com o detalhe necessário para compreender as medidas, mas é isso que o Governo vai continuar a fazer: as iniciativas legislativas ainda não estão finalizadas e só serão conhecidas mais tarde, sabe o Expresso.

O documento publicado esta tarde no site Consulta Lex é um documento preliminar, semelhante ao que foi conhecido na quinta-feira passada, com a ressalva de as medidas aparecerem mais detalhadas. Ao contrário do que tinha dito o primeiro-ministro, o documento não vai ficar em consulta pública durante um mês mas apenas 20 dias, tendo sido colocado esta tarde no portal com a data limite de 10 de março. Não é comum o Governo colocar para consulta pública documentos informais, mas sim legislação que depois ainda pode ser sujeita a alterações. A estratégia nacional de longo prazo para o combate à pobreza energética, por exemplo, é um dos documentos mais recentes colocados em consulta pública, apresentando-se sob a forma de resolução do Conselho de Ministros que ficará em discussão pública durante um mês e meio.

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