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Política

Governo vai aprovar novo apoio à renda para quem perde rendimento

Conselho de Ministros da próxima quinta-feira vai ser dedicado a medidas urgentes de apoio à habitação
Conselho de Ministros da próxima quinta-feira vai ser dedicado a medidas urgentes de apoio à habitação
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Governo cria incentivos ao arrendamento de casas devolutas e em Alojamento Local, acaba com concessão de vistos Gold e aumenta solos e edifícios que estavam afetos a comércio e serviços para fins de habitação. Dados do Banco de Portugal sobre renegociação de créditos ainda em avaliação

Governo vai aprovar novo apoio à renda para quem perde rendimento

David Dinis

Diretor-adjunto

Governo vai aprovar novo apoio à renda para quem perde rendimento

Rita Dinis

Jornalista

O Governo vai anun­ciar um novo “mecanismo permanente de apoio à renda” para famílias com quebras de rendimentos. A medida, sabe o Expresso, vai fazer parte do novo pacote legislativo sobre habitação em que o Governo está a trabalhar e que vai aprovar no Conselho de Ministros da próxima quinta-feira, 16 de fevereiro. A ideia é garantir que nenhum jovem ou família, no balanço entre os rendimentos e a prestação da casa, veja disparar a sua taxa de esforço caso tenha uma quebra abrupta de rendimento motivada por situações como divórcio, desemprego ou doença. A medida aplica-se ao arrendamento. Para as prestações do crédito à habitação, que têm disparado apesar da obrigatoriedade dos bancos de renegociarem com os clien­tes, o Governo está ainda a estudar os dados do Banco de Portugal sobre o impacto real da subida das taxas de juro nas prestações, sendo que os dados mais recentes têm indicado que apenas 8,8% das famílias com baixo rendimento têm crédito à habitação.

António Costa sabe que a dicotomia existe: a economia cresce (6,7% no ano passado) e a taxa de empregabilidade aumenta, mas muitas pessoas vivem cada vez mais aflitas com a subida das taxas de juro. No seu entender, contudo, “não há nenhuma contradição” entre as duas realidades, como disse no Parlamento. “O mecanismo de renegociação [com os bancos] está em vigor, mas temos um Conselho de Ministros sobre habitação e não deixaremos de considerar estas questões”, disse em resposta aos deputados que o tinham questionado sobre o que ia o Governo fazer perante subidas de prestações na ordem dos “€200, €300 ou €400”, ao mesmo tempo que a banca “obtém lucros escandalosos”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ddinis@expresso.impresa.pt

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