Política

Voluntários na Jornada Mundial da Juventude: “Nada nos fará perder o entusiasmo”

27 janeiro 2023 23:13

A sede da Fundação JMJ é nas instalações da antiga Manutenção Militar

nuno fox

Cerca de 600 pessoas trabalham na organização da Jornada Mundial da Juventude, incluindo jovens de vários países, da Polónia ao Panamá

27 janeiro 2023 23:13

É perto do Convento do Grilo, no Beato, que um antigo edifício militar se transformou num espaço de trabalho multidisciplinar e multicultural. “Estava tudo empoeirado”, explica ao Expresso Ana Alves, uma das responsáveis pela comunicação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Depois de uma reabilitação, a antiga Manutenção Militar é agora a sede da JMJ onde trabalham cerca de 600 profissionais e voluntários, a maioria portugueses, mas também de países como Polónia, Panamá ou Filipinas. São dois pisos que servem de escritório aos seis departamentos envolvidos — das finanças e parcerias à inclusão e sustentabilidade — que trabalham para garantir os eventos desta 16ª edição e acolher os cerca de 400 mil peregrinos que se inscreveram até agora.

A estimativa é que o número de inscritos ainda venha pelo menos a duplicar. Para os acolher são necessários muitos espaços, de casas de família a escolhas, pavilhões desportivos e salões paroquiais. E também ainda faltam voluntários para ajudar no seu acolhimento e nos principais momentos da JMJ que vai decorrer de 1 a 6 de agosto. Uma das fatias dos participantes da JMJ são voluntários, muitas vezes internacionais, que trocam as suas casas por camas em igrejas e paróquias ou por casas de famílias de acolhimento. “A Jornada não existe sem voluntários, eles são quem asseguram os eventos e a chegada dos peregrinos”, partilha Margarida Manaia, responsável pelo departamento de voluntariado. Entre as várias dezenas de voluntários portugueses, existem 12 voluntários de longa-duração, que chegaram a Lisboa em outubro do ano passado. Para o evento e a semana anterior, estão inscritos “mais de 10 mil voluntários de 120 países diferentes”. Contudo, a responsável garante que é preciso mais. “Estimamos precisar de cerca de 30 mil voluntários para acolher todos os peregrinos e assegurar o trabalho nos eventos centrais.”