26 janeiro 2023 23:45

Durante a pandemia, Jorge Seguro Sanches (atrás de João Gomes Cravinho) equacionou suspender as obras do Hospital Militar de Belém, por serem caras
nuno veiga/lusa
Cancelar as obras do Hospital Militar de Belém custava 30% a 40% da empreitada
26 janeiro 2023 23:45
Estávamos em pleno pico de pandemia, com o país confinado. Em março de 2020, dois dias depois de terem começado os polémicos trabalhos para transformar o antigo Hospital Militar de Belém em Centro de Apoio Militar para doentes com covid-19, o então secretário de Estado da Defesa quis saber quanto custava indemnizar os construtores no caso de se cancelar a obra. Segundo informações recolhidas junto de várias fontes ligadas ao processo, o valor que suscitou a iniciativa do governante era menos de metade dos €750 mil entretanto estabelecidos como limite pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, hoje ministro dos Negócios Estrangeiros — que esta semana esteve a responder sobre este assunto no Parlamento e onde regressará para mais esclarecimentos.
Apenas uma semana depois desta mensagem, seria enviado um ofício da Direção-Geral de Recursos de Defesa Nacional (DGRDN) a informar o ministro dos trabalhos adicionais em curso, que faziam a obra derrapar para €1,7 milhões, como o Expresso noticiou a semana passada. No total a reabilitação custou €3,2 milhões ao erário público, quadruplicando em apenas três semanas de trabalhos.