26 janeiro 2023 23:15
Marcelo Rebelo de Sousa numa visita ao terreno onde vai ser o encerramento da Jornada Mundial da Juventude
ana baiao
Custos do palco para evento final com o Papa geram indignação e confusão. Marcelo levou Igreja a recuar
26 janeiro 2023 23:15
Um altar-palco de mais de 5 milhões de euros caiu como uma bomba numa fatura que globalmente ultrapassará os 80 milhões e que, subitamente, tornou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre em Lisboa na primeira semana de agosto, numa guerra de todos contra todos. Os valores geraram trocas de responsabilidades que vieram acabar com o que até aqui tinha sido o consenso público entre Igreja e Estado para a realização deste acontecimento que deve trazer mais de um milhão de jovens a Lisboa entre 1 e 6 de agosto. Um consenso que a Igreja tentou recuperar esta quinta-feira, com o bispo responsável pela JMJ, Américo Aguiar, a admitir rever o palco principal e a prometer que não serão cometidos os mesmos erros noutros palcos, nomeadamente no Parque Eduardo VII.
“O valor [do altar] magoou-nos a todos”, disse Américo Aguiar, numa conferência de imprensa, ao início da noite desta quinta-feira, em que tentou sanar os conflitos e recuperar algum domínio de uma situação em que a Igreja esteve três dias sem tomar posição. Disse que só soube do valor quando foi noticiado, na segunda-feira, pelo Observador. “Não sabia nem tinha de saber. O que sabíamos desde o início era o valor global”, disse Américo Aguiar, que também deixou claro que o Presidente da República não sabia.