Política

Um aeroporto que não decide, uma TAP que não vende: os trabalhos que Pedro Nuno deixa para o sucessor

30 dezembro 2022 22:41

Pedro Lima

Pedro Lima

Editor-adjunto de Economia

tiago miranda

Pedro Nuno Santos fez da TAP o seu cavalo de batalha, mas foi o que o fez cair. Nova privatização fica para o sucessor

30 dezembro 2022 22:41

Pedro Lima

Pedro Lima

Editor-adjunto de Economia

O aeroporto de Lisboa que quis decidir, a TAP que quis vender, a habitação pública que ambicionou promover, a ferrovia que dinamizou para pôr nos carris: tudo isto Pedro Nuno Santos assumiu como missões, tudo isto deu passos, tudo isto fica para ser concretizado pelo seu sucessor na tutela das Infraestruturas e da Habitação.

Com a queda do ministro e dos dois secretários de Estado, o dossiê TAP passará para outras mãos. A última fatia de €980 milhões da capitalização de €3200 milhões acordada para a companhia aérea já foi assinada por Fernando Medina esta semana (ainda que agora seja injetada por tranches até 2024), mas a sua aplicação na empresa ficará para a supervisão do governante que vai suceder a Pedro Nuno Santos. O mesmo acontecerá com a estabilização de uma empresa em que a liderança é contestada (o SPAC, sindicato dos pilotos, pede a demissão da presidente, Christine Ourmières-Widener), e que tem os novos acordos com os trabalhadores por fechar.