Política

Caso Alexandra Reis: Chega pede “investigação profunda” a nomeações e pagamentos em empresas tuteladas por Medina

Caso Alexandra Reis: Chega pede “investigação profunda” a nomeações e pagamentos em empresas tuteladas por Medina
MANUEL DE ALMEIDA/Lusa

Em carta enviada ao inspetor-geral de Finanças, o partido diz que podem estar em causa “crimes graves” como os de prevaricação ou tráfico de influências. Atual secretária de Estado do Tesouro recebeu €500 mil de indemnização ao sair antecipadamente da TAP

O Chega pede à Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que faça “uma averiguação preliminar” sobre o caso da secretária de Estado do Tesouro que recebeu uma indemnização de meio milhão de euros por ter saído da TAP antes do fim do contrato. “E, subsequentemente”, prossegue o partido na missiva partilhada esta terça-feira com a comunicação social, a IGF deve fazer “uma investigação profunda sobre as nomeações feitas por Fernando Medina para empresas públicas que tutela, bem como os pagamentos, a título de indemnização, que essas empresas têm feito a funcionários que saem por sua própria iniciativa”.

Segundo revelou o “Correio da Manhã” no último sábado, Alexandra Reis recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Meses depois, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV). E, já este mês, foi nomeada secretária de Estado do Tesouro.

Para o Chega, poderá estar em causa “a prática de vários crimes graves”, como “crime de prevaricação ou tráfico de influências” – “o que, a ser verdade, poderá justificar que os dados sejam comunicados ao Ministério Público”. O partido defende que “há vários pontos que importa esclarecer”: “se se confirma o valor da indemnização e as condições em que esta foi paga”, “se a TAP está a pagar indemnização a pessoas que optam por sair, por sua livre iniciativa” e “se a saída de Alexandra Reis já tinha em vista a sua nomeação para a NAV”.

“Importa também verificar se outras pessoas, em situações idênticas, foram também beneficiadas com indemnizações pela sua saída”, refere ainda o Chega. E dá como exemplo Stéphanie Sá Silva, mulher do ministro das Finanças, que, continua o partido, “terá cessado as suas funções como diretora jurídica da TAP, após a nomeação do seu marido para o Governo”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas