18 dezembro 2022 8:29

Escolha do líder do PCP começou no verão, mas só em novembro chegou ao Comité Central. Raimundo esteve sempre na calha
18 dezembro 2022 8:29
Foi a ser “muito sincero” que Paulo Raimundo assumiu que a maior mudança que a liderança do PCP provocou na sua vida “foi ter de fazer a barba todos os dias, que era uma coisa que não fazia”. Um mês como secretário-geral dos comunistas não fez “mudar muito ou mesmo mudar nada” o partido, mas a rotina do líder, essa, teve de ser alterada. “É claro que mudou a agenda e, nalgumas coisas, a intensidade. Agora, a forma de estar e as minhas obrigações familiares não mudaram nada. Tirando a parte de ter de fazer a barba todos os dias…”, confessou ao Expresso.
Durante uma hora e meia de conversa — e na manhã em que Lisboa acordou alagada por uma noite de tempestade —, o novo homem forte dos comunistas fez um primeiro balanço do que é estar à frente da máquina do PCP. “O mais difícil foi assumir esta responsabilidade”, afirmou sem rodeios, tal como foi sem meias palavras que assumiu o estado em que ficou quando o Comité Central deu luz verde ao seu nome, no dia 12 de novembro: “Aí é que eu fiquei mesmo à rasca.”