Política

António Costa defende que vencimento mínimo de €1320 na Função Pública seja alargado ao privado

António Costa defende que vencimento mínimo de €1320 na Função Pública seja alargado ao privado
JOSÉ SENA GOULÃO/ LUSA

Na intervenção de António Costa no congresso da Juventude Socialista, em Braga, o primeiro-ministro defendeu a importância de aprovar o diploma da agenda do trabalho digno, em discussão neste momento na Assembleia da República

É inaceitável que o facto de se ser jovem à procura de emprego seja motivo para fazer um contrato a prazo. Não há nada que o justifique. E o combate à precariedade é fundamental”, disse António Costa no Congresso da Juventude Socialista (JS), em Braga. Na qualidade de secretário-geral do Partido Socialista, o também primeiro-ministro considerou este diploma da Agenda do Trabalho Digno fundamental para o combate à precariedade.

Na mesma intervenção, Costa diz mesmo que o vencimento mínimo nas carreiras técnicas superiores da função pública de 1320 euros deve estender-se e servir de referência ao sector privado: “Significa um aumento muito significativo para aqueles que são recém licenciados e querem iniciar a sua vida na administração pública. Ao fixar esse valor colocamos pressão para que seja esse o valor a dar no sector privado. Implica que as empresas façam parte desse esforço aumentando os salários nos próximos anos, e foi por isso que criámos o IRS Jovem, que implica uma redução da tributação.”

No seu discurso, Costa começou por destacar a neutralidade carbónica que Portugal deverá alcançar em 2050, compromisso assumido em 2016, pela geração a que pertence. Depois das questões climáticas, o primeiro-ministro deteve-se em três assuntos: educação, habitação e família. Falou nalgumas medidas que o Executivo tem desenvolvido para aumentar o número de alunos no público, e no apoio que dará aos alunos, através de bolsas de estudo e de apoio à habitação estudantil, para contrariar a pressão que se faz sentir no sector imobiliário em algumas cidades. Defendeu uma família plural e democrática: “Amem quem quiserem”

Mas houve também pedido feito aos congressistas para que continuem a transformação do mundo através da política. “Há mais para fazer”, disse, lembrando que ao estarem ali reunidos poderiam correr o risco de perder a final do Campeonato do Mundo. O primeiro-ministro e secretário-geral recordou que parte do que há fazer pode começar a ser feito na própria Juventude Socialista, organização que considera uma escola de quadros, da qual vieram muitos dos que os ombreiam com ele no executivo. “A ferramenta mais potente para mudar o mundo é a política”.


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