A audição à ministra da Presidência no Parlamento tinha começado por se centrar na pesada pasta do PRR, a bazuca europeia que o Governo garante estar a executar no tempo próprio, mas que a oposição insiste, recorrendo a declarações de entidades independentes, que os atrasos estão à vista e que o dinheiro não está a chegar ao tecido empresarial. Mas depressa passou por outros dois temas importantes, que também passam pela alçada de Mariana Vieira da Silva: os apoios aos estragos das cheias das últimas semanas e a política económica do Governo para fazer face à subida dos preços.
Se no segundo caso, Governo e esquerda não se entenderam, com BE e PCP a querer medidas estruturais para compensar perda de poder de compra e não apenas injeções pontuais, no primeiro caso foi com o partido mais à direita que a discussão subiu de tom, com André Ventura a garantir que todos os autarcas (menos os do PS) se queixam do “excesso de burocracia e formulários” que o Governo lhes estará a exigir para que sejam apoiados nos estragos provocados pelas cheias.
“Estamos a trabalhar intensamente para responder às pessoas o mais breve possível”, disse a ministra, explicando que o que ficou combinado com os autarcas foi que, “até ao fim do ano, o mais tardar até 15 de janeiro", identificariam os danos. “Nem sequer é preciso muita burocracia, em alguns casos basta enviarem fotografias, mas temos de ter a informação validada”, afirmou Mariana Vieira da Silva, reiterando que o objetivo é agir rápido mas, ao mesmo tempo, compensar os danos que “efetivamente existiram” e não deixar margem para abusos.
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