
Bispos mantêm “alguma esperança” num veto presidencial e apelam à objeção de consciência de médicos para travar a lei
Bispos mantêm “alguma esperança” num veto presidencial e apelam à objeção de consciência de médicos para travar a lei
Jornalista
Uma longa batalha de quase uma década opõe a Igreja Católica às iniciativas legislativas para legalizar a eutanásia e, se esta semana o Parlamento deu luz verde à nova lei, os bispos portugueses mantêm “alguma esperança de que o diploma aprovado possa ainda ser alterado”. De olhos postos em Marcelo Rebelo de Sousa como último reduto para travar a lei, a hierarquia católica avança no terreno e apela aos profissionais de saúde para invocarem a objeção de consciência e impedirem o que classificam como uma “grave ameaça para a Humanidade”.
Falhado o plano A — impedir a aprovação da lei —, a solução encontrada pela Igreja é a de tentar limitar, na prática, a implementação da eutanásia, apelando os bispos a que os profissionais de saúde e as famílias invoquem o princípio da objeção de consciência, numa estratégia de resistência passiva a uma mudança legislativa que alarga os pedidos de morte assistida “para lá das situações de doença terminal” e, por isso, terá “um verdadeiro impacto social”.
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