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Política

O mundo ideal de Costa: ONU à prova de veto, UE em geometrias variáveis (e um PSD à prova de populismos)

António Costa conferência CNN
António Costa conferência CNN
MIGUEL A. LOPES

Na abertura da conferência internacional da CNN, António Costa falou para fora: quer uma Europa maior e mais aberta ao mundo (ainda que não possa aceitar novas adesões agora), quer as Nações Unidas a repensar o poder de veto dos membros permanentes e não admite passos atrás no caminho da transição energética para as energias renováveis. Para dentro, deixou um pedido aos media, com olho no PSD

O tema da conferência era “Abraçar o futuro: o mundo como gostaríamos que fosse” e foi a isso que António Costa se agarrou para, de forma pouco habitual perante uma plateia nacional, fazer um discurso quase 100% virado para fora. Pegando na guerra na Ucrânia como fio condutor, o primeiro-ministro quis “contribuir para a reflexão” deixando cinco ideias para repensar a organização do mundo. “Não há humanidade B”, disse, concluindo também que “o mundo cresceu e a Europa não acompanhou o crescimento do mundo”.

Muito falado para eventuais cargos de topo europeus, António Costa deixou na sessão de abertura da CNN Portugal International Summit algumas das suas ideias fundamentais para aquilo que, no seu entender, deve ser o futuro da União Europeia. Primeiro, apesar de décadas de expectativas alimentadas sobre a eventual adesão de novos membros à UE, não há condições institucionais nem orçamentais para isso - daí que o caminho tenha de ser uma UE com “geometrias veriáveis”.

“Sejamos claros: a UE não tem condições institucionais nem orçamentais para cumprir as expectativas que agora está a criar [em países como a Ucrânia ou a Turquia]”, começou por dizer, alertando para os riscos do efeito ricochete da criação de “falsas expectativas”. “A União Europeia tem de se reestruturar profundamente se não quiser implodir por força destas novas adesões”, continuou, pedindo “arrojo” na reflexão sobre a Europa.

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