As buscas realizadas pela Polícia Judiciária, esta terça-feira, a 13 empresas, nove residências, às Câmaras de Odivelas e de Oeiras, e à Junta de Freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, incluíram quatro empresas de produção de espetáculos: são todas do mesmo dono e só tiveram contratos públicos com a autarquia socialista de Odivelas e com a respetiva junta de freguesia, totalizando um valor superior a €1 milhão desde 2014. A partir de dezembro do ano passado, duas dessas empresas passaram a ter como cliente também a Junta das Avenidas Novas, do PSD, presidida por Daniel Gonçalves, pai de Rodrigo Gonçalves — o polémico cacique lisboeta que depois das notícias das buscas suspendeu o seu lugar como vogal na direção nacional de Luís Montenegro.
Para a investigação, que suspeita de contratos fictícios, prevaricação, corrupção e participação económica em negócio, o elo desta ligação será a mulher de Rodrigo Gonçalves, Susana Gonçalves, diretora do Departamento Jurídico e de Administração da Câmara de Odivelas. Estas empresas já faturaram €157 mil à Junta das Avenidas Novas em menos de um ano. A investigação partiu de uma denúncia anónima de 2017 e, segundo fontes judiciais, está “muito sólida” e com múltiplas informações recolhidas a confirmarem as denúncias.
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