A Comissária Europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, pediu “responsabilidade” aos políticos que decidem como são aplicados os fundos comunitários.
Elisa Fereira falava durante o XIV Congresso da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC) “Novos Horizontes – O ESG como pilar de base”, este sábado no Centro de Congressos do Estoril. A Comissária Europeia disse que se trata “de um enorme volume de recursos que representa uma oportunidade absolutamente única para o país", de acordo com o comunicado de imprensa da OROC, distribuído este sábado.
A comissária relembrou que o Congresso tem lugar numa altura em que Portugal e o mundo combatem sucessivas crises, como a pandemia – quando foram direcionados 23 mil milhões de euros por toda a Europa - e a guerra da Rússia e da Ucrânia, o que torna ainda mais importante a boa aplicação destes fundos por ser “uma forma de contribuir para a robustez – agora diz-se a resiliência – e a competitividade da economia portuguesa e da europeia. E uma forma de assegurar que os cidadãos têm todos as mesmas oportunidades perante a lei”.
Luís Marques Mendes também esteve presente no segundo dia do Congresso e destacou o atraso na atribuição dos fundos estruturais, por parte do Banco de Portugal e do Banco de Fomento que “não é grande sinal para a sociedade”.
O Conselheiro de Estado “com os pés bem assentes da terra” lembra o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), o Portugal 2020 e Portugal 2030 para referir que “temos uma oportunidade única, daqui ao final da década. Vamos ter fundos estruturais fruto de três programas. São valores que nunca tivemos: 64 mil milhões de euros. Em média, significa ligeiramente acima de 8 mil milhões de euros por ano”.
Para Marques Mendes “o próximo ano não vai ser um ano fácil” dada a volatilidade da inflação que considera “impossível” alcançar os 4% previstos no Orçamento do Estado para 2023: “nem pessimismo em exagero, nem otimismo completamente irrealista.”
Para apoiar os deslocados da invasão russa, Elisa Ferreira diz que “mais recentemente, propusemos um terceiro nível de flexibilização, permitindo apoio às pequenas e médias empresas e às famílias mais afetadas pela alta de preços na energia”. Já Luís Marques Mendes diz não ter esperança num desfecho a curto prazo. Diz que a guerra é indiretamente culpa do Ocidente justificando com a invasão na Geórgia e a anexação da Crimeia, mas que “agora, o ocidente tem estado como deve ser, unido e determinado”.
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