5 novembro 2022 9:07

ana baião
Catarina fica. Partido joga com o tempo: o de desgaste do Governo e o das próximas legislativas. Mariana é preferida, mas em 2025 logo se verá
5 novembro 2022 9:07
“Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos”, como canta Caetano Veloso, “tempo, tempo” é agora o principal conselheiro do Bloco de Esquerda. Para 2026 falta “uma eternidade” e a ordem é evitar precipitações. E é também por isso que não há intenção de trocar a liderança, como confirmam ao Expresso várias fontes bloquistas. Se era já certo que Catarina Martins ficaria até à próxima Convenção, em meados de maio de 2023, o cenário que se desenha agora é que continue dois anos para lá desse encontro. E em 2025 logo se verá.
Os motivos são vários, a começar pela própria. Além do “princípio basilar da esquerda de não fazer rodar cabeças” a propósito de resultados, a atual coordenadora é figura quase consensual no partido e ficaria colada à derrota de janeiro, o que seria “injusto”. “Não foi pela Catarina que tivemos um mau resultado”, nota um dirigente, que considera que também não é pela atual coordenadora que o discurso do Bloco demora a ganhar tração.