30 outubro 2022 17:24
O primeiro-ministro cumprimenta o seu novo secretário de Estado Adjunto, Miguel Alves, que tomou posse em setembro
antónio cotrim
Assunto ficou fora do debate político nacional. Governo em silêncio por considerar que é assunto da autarquia
30 outubro 2022 17:24
Liliana Silva, líder do PSD local e vereadora da Câmara de Caminha, acusa os autarcas do PS de terem assinado um contrato que “não é nada” além de “avalizar”, com o pagamento adiantado a um privado de €300 mil, uma “garantia bancária” para compra de um terreno e construção futura de um multiusos. “Estamos a aprovar um contrato de arrendamento vazio”, alertou a vereação social-democrata em reunião de executivo municipal em setembro de 2020. Mais de dois anos após a aprovação do negócio sob suspeita que envolve Miguel Alves, então presidente da Câmara local e atual secretário de Estado Adjunto de António Costa, Liliana Silva adverte que nem o aludido terreno para a construção do equipamento foi adquirido, não há projeto nem licenciamento para o efeito.
No campo político, o combate a este negócio tem ficado apenas pelo PSD de Caminha. A nível nacional os partidos não pegaram no assunto, nem para reagir à notícia inicial do “Público” nem para levar o caso a debate com o primeiro-ministro que passou os últimos dois dias no Parlamento no debate sobre o Orçamento do Estado (OE). Tudo ao contrário do que foi acontecendo com os vários casos de eventuais incompatibilidades de ministros, em que a oposição aproveitou as várias oportunidades para criticar o Governo e pôr em causa a sua transparência.