Política

Francisco Assis elogia acordo: é "bom augúrio" para contrariar rendimentos "escandalosamente" afastados da média da UE

Presidente do CES, Francisco Assis “opôs-se violentamente” à vontade da UGT
Presidente do CES, Francisco Assis “opôs-se violentamente” à vontade da UGT
Ana Baião

O presidente do Conselho Económico e Social, Francisco Assis, saudou o acordo de rendimentos e competitividade assinado este domingo pelo Governo, patrões e UGT

Francisco Assis elogia acordo: é "bom augúrio" para contrariar rendimentos "escandalosamente" afastados da média da UE

Rita Dinis

Jornalista

Num comunicado enviado às redações este domingo, por ocasião da cerimónia de assinatura do acordo de médio prazo entre Governo e concertação social, o presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, manifestou “satisfação” pela convergência conseguida, sobretudo pelo contexto de imprevisibilidade e incerteza que se vive.

“O CES exprime a sua satisfação pela obtenção de um Acordo de Rendimentos e Competitividade em sede de Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS). Este acordo reveste-se de particular importância no contexto histórico especialmente difícil que estamos a atravessar e concorrerá para a promoção de um ambiente mais propício à prossecução de um diálogo social permanente", começa a nota enviada à comunicação social.

Para Francisco Assis, apesar da incerteza que se vive, Portugal precisa de uma economia mais competitiva e os portugueses “não podem continuar a viver com rendimentos baixos e escandalosamente afastados da média dos países europeus que nos são mais próximos”. Daí a importância do acordo com vista a mudanças estruturais na economia, no espaço de quatro anos.

“Isso implica a realização de mudanças profundas que só poderão ser bem sucedidas se contarem no seu processo de concretização com a participação ativa dos agentes económicos e sociais", diz, notando que “o acordo agora alcançado constitui um bom augúrio nesse domínio”.

O Governo, sindicatos e patrões assinaram este domingo, numa cerimónia oficial, o acordo de rendimentos e competitividade que tem o horizonte temporal de uma legislatura. O objetivo, segundo explicou António Costa mas também os representantes dos vários parceiros sociais, é iniciar “um caminho” de quatro anos para, mais do que recuperar a economia e responder aos desafios emergentes, “alterar” a economia e torná-la mais competitivia e capaz de oferecer melhores salários.

Assinaram o acordo a CIP - Confederação Empresarial de Portugal, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), a Confederação dos Agricultores (CAP), a UGT e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), que assinou mas não marcou presença na cerimónia por não concordar com a rapidez com que o processo foi conduzido. Só a CGTP ficou de fora.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rdinis@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate