7 outubro 2022 10:50

nuno fox
António Costa quer “chancela” dos parceiros sociais para acordo de legislatura que “amorteça” a contestação social
7 outubro 2022 10:50
O Governo tem maioria absoluta, mas quer mais. No espaço de uma semana, foi mais longe do que já tinha ido na tentativa de chegar a acordo com patrões e sindicatos para aumentar rendimentos e melhorar a competitividade da economia até 2026.
Na proposta que apresentou esta quinta-feira à tarde à concertação social, não só prevê um aumento do salário mínimo de 705 para 760 euros como prevê uma atualização dos escalões do IRS tendo por base aumentos salariais na ordem dos 5,1% já em 2023 (ainda longe dos 7,4% estimados pelo Governo para a inflação, mas mais perto que os 4,8% que tinha previsto inicialmente). Em contrapartida, dá mais às empresas: não só propõe uma majoração no IRC em 50% dos custos das empresas com valorização salarial como cria um regime de incentivos ao investimento e avança com ajustes nas tributações autónomas, uma velha bandeira das empresas. Com isto, sabe o Expresso, o objetivo do Governo é ter acordo até sábado para que o documento seja assinado no fim de semana. É o tudo por tudo de um Governo de maioria absoluta para ter o respaldo dos parceiros sociais para um acordo de legislatura — que alivia pressão sobre o Orçamento de 2023.
Os parceiros, contudo, estão descontentes com a pressão para haver acordo nas próximas horas e lembram que o Executivo se atrasou neste processo.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.