
Presidente aconselha calma ao PSD. Europeias serão decisivas para avaliar eventual antecipação das legislativas
Presidente aconselha calma ao PSD. Europeias serão decisivas para avaliar eventual antecipação das legislativas
Jornalista
Falar de antecipação das próximas legislativas quando o Governo tem seis meses de vida e goza de uma maioria absoluta parece surreal, mas a verdade é que a conjuntura de crise económica e social, os atrasos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as fraturas entre ministros com pastas de peso como aconteceu esta semana entre as Finanças e a Economia e os crescentes sinais de descoordenação dentro do Governo já entranharam nos bastidores dos partidos a pergunta: “Chegará esta legislatura ao fim?” No Palácio de Belém, que terá sempre a última palavra num eventual recurso à ‘bomba atómica’ (dissolução do Parlamento), o cenário não é alimentado, mas também não é descartado. Para Marcelo Rebelo de Sousa a avaliação sobre a durabilidade da legislatura será feita em junho de 2024.
As eleições europeias em maio desse ano são vistas pelo Presidente da República como decisivas para perceber duas coisas: por um lado, como é que o Governo passa nesse teste, como estará o país, e que energia e união revelará na altura o PS, o Governo e o próprio António Costa para ir até ao fim; por outro, até onde terá Luís Montenegro conseguido levar o PSD no processo de afirmação política e de reconquista de eleitorado ao Chega e à Iniciativa Liberal? “Só aí se verá se faz sentido para todos abreviar em alguns meses a legislatura”, confirmam ao Expresso fontes da Presidência, embora Marcelo Rebelo de Sousa tenha até agora tido o cuidado de não deixar sinais que apontem para uma legislatura interrompida.
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