António Costa prefere a política de pequenos passos às reformas com cheiro a rutura que por cá se batizaram de reformas estruturais — em 2017, ainda a ‘geringonça’ era viva, disse que a expressão reformas estruturais o “arrepiava” e que “qualquer cidadão normal fica logo alérgico” — mas esta semana, numa entrevista à CNN Portugal, o primeiro-ministro rendeu-se à palavra maldita e anunciou estar “em curso uma reforma na Saúde”. Embora o líder da oposição lhe chame “operação de cosmética”, certo é que há votos de confiança de vários setores por a “reforma” apontar para mudanças estruturais na gestão do sistema.
“Sim, na Saúde pode-se falar de reforma estrutural”, diz Carlos César, o presidente do PS que tem andado ativo nos alertas para dentro da família socialista (nomeadamente na “responsabilidade social” que entende dever ser exigida às empresas “que mais têm beneficiado com este processo inflacionário”), e que resumiu ao Expresso parte da mensagem que há dias levou à rentrée do partido: “O PS e o Governo não devem deixar de mudar o que tem que ser mudado. Devem fazer o que deve ser feito.” E o que tem que ser feito, reconhecem em São Bento, aponta para duas coisas.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: AVSilva@expresso.impresa.pt